terça-feira, 30 de setembro de 2008

PAPEL DE FAX

você tá com a cara do sabonete que ficou à deriva lá no banheiro. há dias tá fazendo às vezes de camomila e flores de algodão. essas coisas de nivea na promoção.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A BOLA AZUL E A VOLTA POR CIMA

Nesta madrugada, o Barbeiro de Sevilha passou pela veneziana. Convidei-o para sentar. Disse: não, muito obrigado. Figaro, figaro. Tinha esse cacoete de figaro, figaro, no final. - Garçom, uma cerveja. - Desce dois, desce mais. Arrá! Muda a posição do colchão. O Barbeiro de Sevilha continua a sevilhar meio vouyer. Apertei o play, vamos de novo. E ele: figaro, figaro.

BALADA MARXISTA

Se aquele progenitor da ordem dos barbudos estivesse vivo, rock - o lutador- seria para todas as pessoas igualitariamente. Entraria na ordem de importância do pão e do leite, ocuparia páginas e mais páginas, frente e verso de todos os receituários. Renovaria células mortas com a mínima amplificação e tiraria da mudez qualquer adolescente solitário e emudecido por Nietzsche. Hello, boa madrugada guarda da loja falida de jeans. Estoy indo de volta para casa. Não, não, obrigada. Não sei fazer bonito com bolacha de maisena. Ah, Secos e Molhados. Eu fumo e tusso fumaça de gasolina e não suporto mais brincar de sol e chuva com você. Cocaine blues. Tenho cãibra e quero água. Meninas groupies e fumaça de incenso massala providencial. Meia três quarto e lápis de olho de ponta gasta. Exército do Surf no ladrilho. Black Dog e “o diabo não é o pai do rock”, murmurou o Fer ouvindo músicas góspeis (plural de hino de igreja americana). Goooooooooood morning, Vietnã. Uauuuuu, I feel good. James Joyce? As três velhas sentadas a fiar. Palmito e chocolate diet. Barbiezinha. No fim da noite: 1,2,3 e 4. 1,2. 1.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

MUITOS ALGOS E POUCA PRESSA

Quandofaltar12segundosparacomeçaraserofimestaráumemcadacantoolhandoparacimaàsuamaneira. Pessoas diferentes a esquerda, meninas de saia e homens com listras a direita. E cada dois olham para a mesma direção lembrando com vontade 35 dias atrás. Quatro anos mais tarde a mesma cena num dia nem tão típico assim, em flashes, às vezes, com pressa.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

VOLTANDO PRA CASA, OUTRA VEZ

De tudo aos meus amores serei atento antes. Das possibilidades que se vão junto com duas pás carregadas de terra. Versão 1, 2 e 3. Primeira primavera sem você pra ver. Daqui a dois meses já é um ano. A mãe do Alex nunca mais o viu. A mãe dele vai vê-lo de perto com quase exatos três ciclos depois, no dia que alguém sem muito a ver voltaria de viagem.