segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

DAS COISAS QUE ESTÃO POR VIR E/OU DO NÃO-MEDO EM ACEITÁ-LAS DITAS

QUERO

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao dizer: Eu te amo
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.

Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amaste antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

DESCULPA ALGUMA COISA

Beeeeijo.

Me liga.

SINCE 16 AÑOS

Fico com a pior parte da hístória
Com aquela que vai aos porcos do rancho Arizona -TO

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ADÍOS, MI MUCHACHO

ó o ney, ó o ney:

é bom não falar muito que piora
enfim
sempre que alguém daqui vai embora dói bastante,
mas depois melhora e com o tempo...

nada dura mais que um arrepio

fim da série