quarta-feira, 30 de abril de 2008

UM BONDE CHAMADO TRISTEZA, PRA RIMAR COM TEREZA

- Ei, senhor. Que horas parte aquele bonde que carrega agonia nas poltronas da janela?
- Tá atrasada, menina. Ele partiu há duas semanas e agora só volta quando avistar a luz no fim do túnel.
- O que faço com isso?
- Há um hotel desses baratos, um guarda-volumes pelo prazo máximo de três dias e aquele táxi de volta.

Fincada no pátio, com todas as pessoas passando sem rosto a sua volta, como naquelas técnicas cinematográficas que aparece vez ou outra. Lá do outro lado, atrás de quinze pilastras e cortando duas filas, o velho de terno e a plaqueta: DESANUVIO.

Um comentário:

Renato Rodrigues disse...

não sei pq mas bem no meio da leitura me veio em mente a palavra "esperança". Não gosto de buscar explicações para as coisas que sinto e dessa vez não será diferente...
Toda partida leva consigo coisas boas e ruins, medos e esperança.
E assim, seguimos sempre por trilhos tortuosos buscando sempre uma certa felicidade, felicidade que na qual, jamais coseguiremos explicar