quarta-feira, 28 de maio de 2008

UMA COISA QUE NÃO TEM NOME II

Dez/2007. Nesses dias pela manhã, de verdade, entrei na tua cegueira. Apoiei-me nos teus braços com meus passos lentos. Tateei seguindo o teu olfato. Foram trinta dias sem você e quatorze lado-a-lado. Eles queriam comer, eu queria dançar. Eles queriam se banhar, eu não queria ver a barriga aberta. Eles queriam voltar pra casa, eu queria sair da minha. Eu pontuei todos os parágrafos. Depois apaguei todos os rascunhos. Eu vi teu choro. Você provocou o meu, o dela, o deles.
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essa coisa é o que somos

2 comentários:

Renato Rodrigues disse...

Agora por desaforo não quero mais o livro, quero o filme.

Anderson Augusto Soares disse...

Não é por acaso que o Saramago chorou ao assistir o filme pela primeira vez, ao lado do Meirelles.